O Projeto Florística e Botânica Econômica do Acre (projeto Flora do Acre), surgiu em 1991 como resposta a duas necessidades distintas, a primeira o fato que o Sudoeste da Amazônia era um verdadeiro “buraco negro” para a biodiversidade e a segunda, a falta de conhecimento sobre os recursos florestais do Acre que pudesse subsidiar os intensos movimentos socio-ambientais da época que careciam opções econômicas para substituir a borracha e apoiar a viabilidade do extrativismo.

A Universidade Federal do Acre (UFAC) assinou um convênio com o New York Botanical Garden (NYBG) em 1991, e assim foi executado um levantamento sistemático da flora acreana, enfocando os municípios e bacias fluviais menos representados nas coleções botânicas.  Ao mesmo tempo, o projeto assessorou ONGs, associações comunitárias e agências do governo, providenciando informações sobre recursos florestais. 

Isso contribuiu dados florísticos originais para o Zoneamento Econômico-Ecológico do Estado e para fortalecer propostas para o estabelecimento de novas unidades de conservação, como o Parque Estadual do Alto Rio Acre. 

Um componente chave do projeto foi a capacitação de jovens biólogos da região, onde o projeto Flora do Acre conseguiu apoiar 9 teses de mestrado e 2 de doutorado, além de 3 parataxonomistas.

Dentro do projeto Flora do Acre, em 2001 iniciou o Projeto Mobilizando Especialistas Taxonômicos, através do qual especialistas nos grupos taxonômicos mais importantes do Estado foram convidados, com todas suas despesas custeadas pelo projeto, para coletar e identificar plantas dos seus grupos e elaborar um resumo sobre a sua diversidade e o seu endemismo.  Este projeto contribuiu muito para aperfeiçoar o conhecimento desses grupos no Acre. 

O grande marco do projeto da Flora do Acre foi o Primeiro Catálogo da Flora do Acre, Brasil, publicado em 2008 e hoje disponível on-line